REESTRUTURAÇÃO SALARIAL DA GAPS fica para 2025
Uma multidão azul na Praça do Buriti, com sons de vuvuzelas, apitos, risadas davam o tom de esperança dos servidores da GAPS. reunidos em Manifestaçao, na tarde de hoje (02) para cobrarem a proposta prometida pela Secretaria de Economia, na última reunião do dia 21 de novembro último.
Nesse encontro no mês passado, ficou pactuado que, entre os dias 26 e 27, seria apresentada três propostas para a SES e, juntos, os titulares da Economia e da Saúde iriam ao Governador Ibaneis para ele “bater o martelo”.
Os dias se passaram, o Governador foi internado e na 5a feira, data de sua alta, já estava instalada a polêmica acerca do pacote apresentado pelo Governo Federal, que trouxe, segundo os técnicos do GDF e a classe política local, incertezas sobre a gestão do Fundo Constitucional, ja que, as projeções iniciais apontam para uma perda inicial de 800 milhões em 2025, podendo chegar a cifra de bilhões nos próximos anos.
Diante do silêncio da equipe da Economia e com a aproximação do fim do ano legislativo, o Movimento Unificado convocou esse ato para hoje em frente à sede do Executivo local.
Centenas de servidores estiveram presentes na esperança de terem uma resposta, com a apresentação de alguma proposta para ser votado, ainda este ano na CLDF.
Desta vez, até o SindSaúde aderiu à manifestação conjunta, deixando um ar de pacificação na categoria.
O Dep Distrital Jorge Vianna, convidado pelo Movimento Unificado se fez presente e contatou o Secretário de Economia. Porém, o mesmo se encontrava no Congresso Nacional, articulando apoios para não terem o corte no Fundo.
Fomos recebidos pela Secretaria Executiva, Ledamar, a pedido do Dep Jorge Vianna.
A Secretária discorreu sobre a questão do corte no FCDF e os impactos disso, na economia do DF e para os servidores públicos.
Ressaltou que, “caso se mantenha a base de cálculo proposta nesse pacote do Governo Federal, não será possível dar nenhum reajuste, no próximo ano”.
Tal afirmativa pegou todos de surpresa, pois, há um superavit de arrecadação, divulgado pelo próprio governo em seus balanços trimestrais e outros. Logo, uma afirmativa tão peremptória dessas, não foi bem recebida, pois, ainda não ha elementos suficientes para embasar essa teoria do caos.
Os presentes na reunião, representantes da ASPSES-DF, SINTTASBDF, SINTTARDF e SINDSAUDE fizeram alguns questionamentos, destacando a insistência, reforçada pelo Vianna, sobre o envio do Projeto de Lei ainda este ano, mesmo com os efeitos financeiros, a partir de 2025.
Ledamar se mostrou irredutível e alegou que, o Governador Ibaneis não irá enviar mais nenhuma proposta de reestruturação, neste ano. Exceto, segundo ela, a dos Músicos, que é uma carreira com pouco mais de 100 pessoas.
A Secretária também apresentou os estudos finalizados na Secretaria sobre o que poderá ser ofertado, que será o mesmo dado aos técnicos em Enfermagem, ou seja, 15% e a redução dos padrões. Com exceção dos Auxiliares em Saúde que o percentual foi colocado em 20% mais a redução para 18 padrões.
Os líderes do Movimento Unificado destacaram o tempo esperado pelos GAPS e, sempre deixados para depois. Reivindicaram a possibilidade de rediscutir a proposta para melhorá-la, devido à peculiaridade dos servidores que não fazem jus a benefícios, comuns à área assistencial, deixando os seus ganhos, muito aquém dos demais colegas.
A Secretária disse que, caso não tenha nenhuma mudança no Fundo Constitucional, iremos retomar a conversa em Janeiro e meados de fevereiro, para que um projeto possa ser encaminhado com efeitos financeiros a partir de Março/2025. Dessa forma, caso o percentual de reajuste seja parcelado (que tentaremos rebater), as parcelas deverão ser pagas em 2025 e 2026, em razão do ano eleitoral que, veda a administração de deixar dívidas para a próxima gestão.
“Dar essa notícia, olhando nos olhos dos mesmos colegas que, há pouco, sorriam, vibravam, esperando uma resposta positiva, cheios de sonhos, expectativas, deixou meu coração dolorido, apertado… Mas, tínhamos que passar toda a verdade para eles e dizer que, só vamos parar quando tivermos a vitoria”, relata emocionada, Silene Almeida.
Segundo ela, um misto de sentimentos que misturava indignação, frustração, tristeza, pelo desalento de tantos colegas, que ficaram abatidos com a notícia. Até porquê o cenário da reunião anterior, era totalmente diferente, acenando para um desfecho positivo.
Para os representantes do Movimento Unificado, apesar da frustração, há um grande ganho em toda essa luta, que foi o “despertar da categoria”.
Servidores que já não acreditavam mais em nada ou ninguém foram se juntando ao Movimento e, a cada chamado mais e mais comparecia e se interessava em saber os detalhes da proposta e seus encaminhamentos. “Nunca tinha visto tamanha transparência e seriedade numa luta da nossa carreira como agora”, declarou Ana Lúcia, GAPS aposentada.
Para muitos servidores, a forma de comunicação clara e objetiva, explicando cada passo do processo de construção da proposta mostrou a sua VIABILIDADE, a ponto de, a própria SES, endossar e anexar todas as declarações da ordenadora de despesas, garantindo condições de bancar o reajuste de 27%, Gratificação e redução de padrões.
“Não houve factóides, mentiras, ilusões e nem negociamos a categoria, como sempre aconteceu. Tudo foi feito com responsabilidade técnica e respeito aos servidores. Lutamos para valorizar e não para lucrar com acordos escusos” , dispara o Presidente da ASPSES-DF, Hélio Francisco.
Para Solange Bezerra, Presidente do SINTTASBDF, “foi um balde de água gelada, numa categoria que amarga a desvalorização há muitos anos. Tudo caminhava para um final positivo para os trabalhadores e, com essa história de Fundo Constitucional, adiaram mais uma vez, o reajuste de minha categoria, Técnicos em Saúde Bucal, que faz parte da GAPS! Mas, seguiremos até que essa vitória seja alcançada. Amanhã, é um novo dia!”.
“A categoria despertou, atendeu às convocações e se uniu, não aceita mais ser manipulada. Quem quiser ser um dos representantes da GAPS, terá que ter muito mais que legitimidade formal, será preciso conquistar a confiança e, acima de tudo, respeitar os servidores e suas deliberações. E, 2025, está logo ali, vamos renegociar os termos dessa proposta para que a categoria seja realmente valorizada!!”, finaliza Silene
Essa matéria expressa o grau de competência e responsabilidade com que tudo foi conduzido por toda a liderança, até a última hora.
Não existe derrota onde há trabalho, transparência e muita fé.
Os GAPS, definitivamente, despertaram para serem os protagonistas da própria história e no próximo exercício estará lá, com a mesma determinação de quem aprendeu a superar obstáculos.
Se for para parti, para uma nova luta, com pessoas ao nosso lado que não querem nossa vitória e pior, fazem de tudo para que isso não aconteça, fica difícil e desanimador. Todos da GAPS sabem que o parlamentar que faz o contato com o governo, é um desses, infelizmente. Ele so defende os Técnicos de Enfermagem e os Especialistas. Lamentável a atitude do Governo.
Será que o governo não entende o conflito que será iniciado entre colegas de trabalho, fato ,que servidor da aérea técnico que tem 12 anos de serviços terá salário superior ao mesmo que está no serviço a 25 anos ou mais. Todos meus anos de serviços nunca aconteceu tamanha discrepância, e sabido que os nossos governantes não tem noção de tamanha INJUSTIÇA!!!!
Quero parabenizar a todos os guerreiros e guerreiras que fizeram a diferença na luta pela reestruturaçao da Carreira GAPS. Infelizmente por alguns pensarem com a “barriga e não com a cabeça” a carreira não conseguiu reajuste. Agradecer Dep. Jorge Viana pelo elo entre governo e movimento, em busca de uma proprosta de reajuste por parte do governo.
Se pensam que essa aparente derrota, nos enfraquece, pelo contrário, ela nos obre os olhos e pasmem nos deixa mais fortes, ontem foi triste ver tanto descaso, hoje é dia de gratidão à Deus e a Silene, Hélio, aos presidentes dos sindicatos de saúde bucal e radiologia, vocês são merecedores do nosso Parabéns. 2025 logo aí, com servidores liderados, informados, fortes e numerosos o suficiente pra lutar, eleger e não eleger nossos representantes, nossa reestruturação vai chegar e sabem porque: porque não vamos desistir e porque do Nosso Deus depende a última Palavra.
Melhor lutar pelo que a economia já ofereceu, senão será mais 1 ano frustrante
Um sentimento de indignação toma conta de todos nós nesse momento. Somos a categoria mais desprestigiada do GDF. Com essa decisão evidenciam ainda mais o desrespeito para com os servidores da Saúde, sem os quais, o sistema não funcionaria. Isso é muito triste, espero que os caros colegas lembrem-se disso ano que vem quando, querendo o nosso voto, fingirem se importar conosco.
Estava ruim e conseguiu ficar pior. Era o pior salário do GDF, agora conseguiu ficar o pior salário até na propria SES, pois até os tecnicos em enfermagem estão ganhando mais! Lamentável!