Por que sou contra a paralisação do Campeonato Brasileiro?
Estamos vivendo a maior tragédia já registrada em nosso país, com praticamente um estado inteiro submerso. Muitas vidas foram ceifadas, e o Rio Grande do Sul estima que precisará de um trilhão de reais para sua reconstrução. Cada cena que vemos nos deixa consternados com a situação que nossos irmãos estão enfrentando, e à medida que as águas recuam, temos uma dimensão mais clara da devastação.
O que nos enche de orgulho é saber que o povo gaúcho é aguerrido e voluntarioso, e o trabalho voluntário tem ajudado a minimizar o número de mortos.
Essa situação nos sensibiliza profundamente, mas por que sou contra a paralisação do Campeonato Brasileiro?
A paixão do brasileiro pelo futebol é uma característica marcante e profundamente enraizada na cultura do país. Desde cedo, crianças de todas as regiões do Brasil sonham em se tornar grandes jogadores, inspiradas por ídolos que marcaram a história do esporte, como Pelé, Zico, Romário e, mais recentemente, Neymar. O futebol é mais do que um simples esporte; é um fenômeno social que une pessoas de diferentes classes sociais, raças e religiões em um amor comum.
Essa paixão é evidente nas ruas, onde campos improvisados surgem em cada esquina, nas praias onde o futebol de areia é uma atividade constante, e nas arquibancadas dos estádios, que vibram com a energia contagiante dos torcedores. Os grandes eventos, como a Copa do Mundo e o Campeonato Brasileiro, são ocasiões em que o país para para assistir aos jogos, torcer e comemorar.
Para a reconstrução do estado do Rio Grande do Sul, será necessário muito dinheiro, e podemos utilizar a paixão pelo futebol como forma de arrecadação. Doações de alimentos, água e outros recursos serão essenciais para os gaúchos, que precisarão de toda a nossa ajuda. Paralisar o campeonato neste momento seria contraproducente; precisamos ajudar de forma prática, movimentando a economia, e nosso futebol pode contribuir para isso.
Muitos podem pensar de forma diferente, e respeito suas opiniões. Vivemos em uma democracia onde as pessoas têm direito a críticas. No entanto, acredito que podemos utilizar a paixão pelo futebol para ajudar aqueles que estão sofrendo.
Ajudem o Rio Grande do Sul, não deixem de contribuirem.