Doação de órgãos: A importância de conversar sobre o assunto em família neste Setembro Verde
Conversar com a família sobre o desejo de ser doador de órgãos é importante para garantir que seus desejos sejam respeitados e para promover a conscientização sobre a importância da doação de órgãos.
A doação de órgãos é um ato nobre que pode salvar vidas e proporcionar uma segunda chance a pessoas que estão em situações críticas de saúde. No entanto, para que esse gesto se torne uma realidade, é fundamental que haja diálogo e compreensão dentro da família sobre o desejo de ser um doador.
Conversar com a família sobre o desejo de ser doador de órgãos é o primeiro passo para disseminar informações e conscientizar sobre a importância desse ato. Muitas vezes, a falta de conhecimento ou mitos envolvendo a doação podem gerar receio ou resistência por parte dos familiares. É essencial fornecer informações precisas e esclarecer dúvidas para que todos compreendam os benefícios da doação.
Ao expressar o desejo de ser doador de órgãos, é fundamental que os familiares respeitem essa decisão. Mesmo que possa ser difícil para alguns lidarem com essa ideia, é importante lembrar que o respeito aos desejos do indivíduo é fundamental. Afinal, trata-se da autonomia e vontade da pessoa em fazer algo benéfico para outras vidas após sua partida.
Em situações de emergência ou falecimento, a família é consultada para autorizar a doação de órgãos. Nesses momentos de grande dor e perda, o diálogo prévio sobre a doação facilita a tomada de decisão, evitando conflitos e proporcionando uma resposta mais rápida e consciente. O conhecimento prévio dos desejos do indivíduo alivia a pressão e permite que a família cumpra sua vontade.
O mês de setembro é marcado pela comemoração do Dia Nacional da Doação de Órgãos. Além de conscientizar sobre a importância da prática, a data, dia 27, busca incentivar que pessoas interessadas na doação voluntária conversem com as respectivas famílias sobre o desejo. Hoje, segundo a legislação vigente, os familiares são os únicos responsáveis pela decisão de doar ou não os órgãos do ente falecido.
Dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) mostram que, em 2023, o Brasil atingiu o número recorde de transplantes, em comparação com os últimos 10 anos. De janeiro a junho, familiares de mais de 1,9 mil doadores efetivos autorizaram o processo de doação de órgãos, permitindo a realização de 4,3 mil cirurgias – um aumento de 16% em relação ao ano passado. Os números também indicam uma capacidade de recuperação nacional das cirurgias de transplantes duramente impactadas pela pandemia de covid-19.
Apesar da evolução apontada pelos números, a média de doadores segue distante de suprir a demanda de pacientes. Atualmente, conforme o Ministério da Saúde, cerca de 66,2 mil pessoas aguardam na lista de espera por um órgão no Brasil. Trata-se de uma das maiores listas dos últimos 25 anos. No Distrito Federal, são 1.260 pessoas aguardando por uma doação voluntária.
Especialistas afirmam que a recusa familiar é o maior obstáculo à melhoria dos índices de transplantados. Portanto, conversar com a família sobre o desejo de ser doador de órgãos é um passo fundamental para garantir que seus desejos sejam respeitados e para promover uma cultura de doação.
Com informações: Agência Brasília