Este é um mês dedicado a ações de conscientização sobre o alto índice de mortos e feridos por acidentes automotivos. Denominada Maio Amarelo, a campanha busca coordenar mundialmente os esforços dos poderes públicos e da sociedade civil em prol da segurança viária. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorrências no trânsito são uma das principais causas de morte no mundo, sendo a principal causa de óbito de crianças e jovens de 5 a 29 anos.
No Distrito Federal, os dados mais recentes da Secretaria de Saúde (SES-DF) apontam que, entre 2012 e 2021, houve 5.960 óbitos em decorrência de acidentes de transporte terrestre. Entrando para as estatísticas, Hércules Ribeiro Souza, 18, sofreu um acidente, no final de 2023, ao tentar desviar de um automóvel que dirigia na contramão. “A traseira do carro ‘rabeou’ e capotou dez vezes. Na quinta, fui lançado pela janela. Parei cerca de 200 metros à frente, caí de costas no chão e fraturei a coluna”, relata o jovem, que ainda tem as cicatrizes do acidente e passou 36 dias em coma.
Hércules foi submetido a uma cirurgia delicada nas costas para preservar os movimentos do corpo. No total, ele precisou passar por quatro unidades de saúde diferentes desde o acidente: Hospital Regional de Brazlândia (HRBz), Hospital de Base (HBDF), Hospital da Região Leste (HRL) e, atualmente, encontra-se em tratamento no Hospital de Apoio de Brasília (HAB).
O jovem diz ser grato por ter sobrevivido, mas a ação irresponsável de um motorista significou uma recuperação difícil. “Hoje estou fazendo fisioterapia para conseguir voltar a andar. Fiquei na cadeira de rodas por um mês, depois passei para o andador e, após dois meses, para a muleta. Agora estou reaprendendo a andar.”
Acidentes mais graves
O diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF), Victor Arimateia, explica que as ocorrências mais sérias de trânsito estão diretamente relacionadas ao desrespeito às regras básicas de direção. “Quando se fala em acidente automotivo, já há uma previsão de encontrar vítimas com maior gravidade, especialmente envolvendo vias de alta velocidade. São situações como ultrapassagens inadequadas ou com sinal vermelho, o uso incorreto do cinto de segurança, não observar o regramento para o transporte de crianças no banco traseiro”, elenca.
Arimateia enfatiza que o atendimento aos feridos deve ser feito no menor tempo possível, e que é fundamental a cooperação dos demais motoristas com as viaturas do Samu-DF. “No caso de acidentes traumáticos, o tempo de resposta para se chegar até o acidentado é muito importante”, reforça.
Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação
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