Nem todos vestem capa, alguns vestem jaleco e atendem no SUS.
Nos dias atuais, assistimos por diversas vezes pessoas baterem palmas e soltarem balões, em homenagem aos profissionais da saúde, especialmente, àqueles que estão na “linha de frente”, no enfrentamento da COVID 19.
Hoje, quero aqui homenagear este profissional de saúde, médico e, meu amigo também.
Posso falar com propriedade, por já ter trabalhado com ele e ao longo desses últimos anos acompanhá-lo no desempenho das suas atividades assistenciais, no serviço público de saúde.
Lembro-me da primeira vez em que o vi em um plantão na UPA do Núcleo Bandeirantes, franzino, com aparência de adolescente e, então pensei comigo: “ele é mesmo médico”? E não seria exagero imaginar que muitos, senão todos os pacientes à época pensaram ou mesmo o questionaram sobre a mesma coisa.
Mas querem saber, que surpresa boa. Pensa em um “jovem médico” porreta! E nunca houve tempo ruim com ele. Podia estar sozinho no plantão ou mesmo com outros médicos, ele sempre agiu da mesma maneira e buscando fazer o seu melhor, tratando todos, pacientes e equipe com o qual trabalhava, com bastante carinho e respeito. Sempre. Não se escondia do trabalho jamais. E por muitas vezes sua produtividade era o dobro da dos demais profissionais.
Eu que trabalhava no laboratório, sabia que quando ele estava de plantão, “as máquinas não teriam descanso” – e nós também não. Independente se dia, se noite… íamos ter muito trabalho, com ele seja “na porta” (principalmente), na amarela ou mesmo no box de emergência.
E é por isso quero que todos vocês o conheçam: Dr. Samuel Amanso da Conceição, Médico da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Uma observação: ele nunca “exigiu”, na verdade, nunca gostou que o chamasse de “Doutor”, mas sim pelo nome, pois nunca se via como melhor que nenhum outro membro da equipe, sempre tratando a todos como “iguais” e reconhecendo a importância que cada um desempenha na assistência ao paciente. Sempre com muito respeito…
Ele é médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), com Residência Médica em Clínica Médica, no Hospital das Clínicas da UFG, nos anos de 2007-2012. Realizou especialização em Medicina de Família pela Universidade de Brasília (UnB), nos anos de 2013-2014; Residência Médica em Clínica Médica, pelo Hospital das Clínicas da UFG, no biênio 2015-2016 e em Endocrinologia e Metabologia, pelo Hospital Regional de Taguatinga (HRT), SES-DF, no biênio 2019-2020. Atualmente, atua no serviço público, desde o ano de 2011, na Secretária Municipal de Saúde de Goiânia, onde hoje desempenha a função de Médico Regulador. E também na Secretária de Estado de Saúde do Distrito Federal, desempenhando a função de Médico de Urgência e Emergência, no Hospital Regional de Samambaia (HRSAM), como médico na “linha de frente” no enfrentamento da COVID-19. Além disso, desempenha ainda sua função como Médico Endocrinologista, no Hospital do Coração de Goiás, em Goiânia. E assim sendo, tem como áreas de maior interesse, o estudo das doenças associadas ao desequilíbrio hormonal e metabólicos, a exemplo do diabetes, doenças da tireóide (hipertireoidismo/hipotireoidismo/câncer de tireóide), obesidade/emagrecimento, dislipidemia, esteatose hepática (“gordura no fígado”), entre outras. No momento, além da área assistencial, também divide seu tempo, com estudos no programa de Pós Graduação em Nutrologia, pela Universidade de São Paulo (USP – Ribeirão Preto) e como médico sub-investigador, na área de pesquisa clínica, pela Faculdade de Medicina do HC-UFG, vinculado ao Serviço de Endocrinologia/Departamento de Clínica Médica. Às vezes, metido a “escritor” (hahaha) em suas redes sociais, especialmente Facebook, no qual escreve e comenta, sobre assuntos diversos, sempre com muita personalidade, que lhe é própria. Ou mesmo, no Instagram, onde dedica-se a promover Educação em Saúde, à população, especialmente, com temas pertinentes a sua área de maior interesse: a Endocrinologia. Uma figura…
Quando perguntado a ele uma frase que define toda a sua trajetória, como profissional, ao longo de todos esses anos ele cita uma frase da escritora Clarisce Lispector: “O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.”
Oriundo de uma família humilde, sócio-econômica e culturalmente, filho de imigrantes nordestinos (Piauí), além de pretos, teve que vencer inúmeras dificuldades e superar inúmeros preconceitos, para ingressar numa Universidade Pública, especialmente num curso até pouco tempo, majoritariamente ‘elitista’, que é Medicina, numa era pré-sistema de cotas raciais ou quaisquer outros benefícios do governo federal. Por isso, ele é motivo de orgulho para mim, como para muitos que trabalharam/trabalham e convivem com ele. Um exemplo de superação. Inspiração para muitos… e por quê não, um herói, sem capa, mas hoje com máscara, luvas, gorro e capote (quando tem, é claro), realizando sim um sonho seu, mas também cumprindo diuturnamente sua missão, que é o de “salvar vidas.”
Parabéns a ele e a tantos outros médicos. A tantos outros profissionais da saúde, enfermeiros, técnicos de Laboratório, enfermagem, fisioterapeutas, farmacêuticos/biomédicos, que incansavelmente, desempenham seu papel com tanto cuidado e excelência.
André Angelo, Técnico de laboratório
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