O presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), general Gislei Morais, pediu demissão nesta sexta-feira (21). O militar estava no cargo desde setembro do ano passado. Apesar do pedido, a exoneração precisa ser validada pelo Governo do Distrito Federal (GDF).
A reportagem apurou que a saída de Gislei ocorre após ele demitir duas funcionárias comissionadas que ocupavam cargos de chefia no instituto. As servidoras foram recontratadas em seguida. O Iges-DF administra seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital, além do Instituto Hospital de Base e o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
O governador do Distrito Federal em exercício, Paco Britto (Avante), disse que o general seria demitido nos próximos dias em razão de problemas como a não devolução de médicos para a Secretaria de Saúde e a superlotação de unidades como o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), que teve bandeira vermelha decretada nesta semana.
“O general Gislei só antecipou o que iria acontecer. A demissão já estava decidida pelo Governo do Distrito Federal”, disse Paco. Ainda não foi anunciado o substituto de Gislei.
O general não quis comentar o motivo de seu pedido de demissão. Mas a coluna apurou que ele estava se sentindo desconfortável por supostamente não ter total autonomia para fazer as mudanças necessárias no Iges-DF.
O general teria encontrado resistência para demitir duas gestoras que estariam prejudicando os pacientes do Hospital de Base e das UPAs por meio de decisões consideradas por integrantes da saúde como questionáveis.
Quem é
Natural de Itaperuna (RJ), Gislei Morais de Oliveira incorporou às fileiras do Exército Brasileiro em 14 de fevereiro de 1973, onde atuou por 38 anos. Chegou ao posto de general e passou a fazer parte da reserva em 2017. Durante esse período, exerceu diversos cargos, entre eles, comandante da 9ª Região Militar, Campo Grande (MS); chefe do Estado-Maior do Comando de Aviação do Exército, Taubaté (SP); e diretor de Abastecimento do Exército, Brasília (DF).
Entre as ações militares que participou como diretor de abastecimento, destacam-se a operação de apoio logístico às tropas do Exército em missão de paz no Haiti; a pacificação do Morro do Alemão no Rio de Janeiro e a construção de pontes móveis nas tragédias naturais das cidades serranas fluminenses.
Mesmo estando na reserva, em outubro de 2017 o general foi convocado coordenar o Programa Acreditação da Saúde Assistencial Militar (Pasam) ASAM), voltado para certificar os hospitais do Exército.
Deputados distritais como a Júlia Lucy (Novo), e Leandro Grass (Rede) teceram comentários em suas redes sociais sobre a saída do general.
Matéria replicada do site Agenda Capital, link da matéria original http://agendacapital.com.br/presidente-do-iges-df-general-gislei-pede-demissao-do-cargo/
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